A má gestão de rega é provavelmente uma das principais causas de morte de plantas de interior em todo mundo. E não, não é só por negligência, é principalmente por excesso de amor, o que é o mesmo que dizer, excesso de água. Pasme-se!
Este post aborda duas das principais questões que poderão estar na base desta “estatística”: o Quando e o Como regar uma planta sem dar cabo dela.
Quando regar
Uma vez por semana, uma vez por mês? Regar por rotina? Não! Avaliar a necessidade em rega por rotina? Sim!
É comum percorrermos a casa com o regador, num determinado dia da semana, e deitar um pouco de água em cada planta. É um excelente princípio, mas não é o ideal. O ideal é percorreres a casa com disposição para sujar o dedo indicador.
A maioria das plantas prefere ser regada quando a terra à superfície do vaso está seca, mas mantém-se húmida em profundidade, sensivelmente a partir da metade inferior do vaso. Só avaliando o estado da terra de cada vaso (sim esgravatando) é que poderás saber se está na altura de regar.
Ao regares por rotina não tens em consideração:
- A temperatura e a humidade relativa do ar a que a planta esteve sujeita desde a última rega e que podem variar consideravelmente.
- As características de cada planta e o seu tamanho.
- A época do ano. As plantas têm mais necessidade de água em fases de crescimento mais ativo (em regra entre a primavera e o outono) e menos necessidade durante a fase de repouso invernal.
Estes fatores refletem-se diretamente na quantidade de água que as raízes retiram da terra do vaso e, correspondentemente, ao grau de secura a cada momento.
E, já agora, sabes se és a única pessoa que costuma passear pela casa com o regador? Quantas pessoas têm acesso ao mesmo? Tens a certeza que não o usaram de véspera?
Por todas estas razões e mais algumas, é melhor sujares o dedo indicador antes de voltares a regar. Só assim garantes que a planta precisa mesmo de ser regada ou se já está a passar sede e tens de encurtar o intervalo entre rondas.
Como regar
Sábado de manhã. Regador na mão. Pinguinho aqui, pinguinho ali… é carinho, eu sei, mas são só beijinhos na bochecha. Claro que gostamos deles, as plantas também, mas corremos o risco de a água nunca atingir as camadas inferiores da terra onde ela faz mesmo falta. As plantas não morrem por isso, mas não desenvolvem todo o seu potencial e nunca ficam (tão) bem na fotografia!
Amor às plantas é…
…regar cada planta abundantemente de cada vez, deixando que a água alcance toda a terra em profundidade.
…levantar a planta no seu vaso de plástico e parar de regar quando a água começar a sair pelos orifícios do fundo do vaso de plástico.
…retirar qualquer água em excesso que fique em contacto com o fundo do vaso de plástico.
Este método garante a água necessária ao pleno desenvolvimento da planta, mantendo simultaneamente o solo arejado e prevenindo o encharcamento passível de causar graves problemas. A tal principal causa de morte… por excesso de amor…
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